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Projeto Na Trilha das Rabecas

                A rabeca é um instrumento de arco similar ao violino,porém anterior ao seu irmão mais famoso, e existe  em diversas regiões do Brasil.  Sendo fundamental nas festas populares dos lugares em que são produzidas.

 

                Os primeiros formatos de violinos antes da industrialização se pareciam muito com as rabecas de hoje , lembrando uma maneira artesanal e criativa de fazer instrumentos de arco do período pré -barroco.  No Brasil o instrumento parece ter chegado pela colonização européia e  reapropriada pela cultura de cada região.  Assim construiu-se  variáveis na forma de tocar e interpretar o instrumento. Há diferentes afinações, madeiras, timbres e tamanhos pois cada artesão constrói seu instrumento de  maneira muito intuitiva e particular , permanecendo ligado às práticas musicais destas comunidades , em geral afastadas do processo de industrialização.

 

                A rabeca brasileira viveu à margem do mundo musical oficial por muito tempo. Os últimos anos testemunharam, no entanto, um forte impulso no interesse pela rabeca, que juntamente com seus pares instrumentais que formam o depositário das tradições musicais mais profundas ainda existentes no Brasil – como a viola caipira, os pífanos, e toda família dos instrumentos de percussão – ganhou os palcos e espaços urbanos, revelando a integridade de personalidades musicais como Nelson da Rabeca, Mestre Salustiano, Luis Paixão, Siba Veloso, Cláudio Rabeca, Gramani, e muitos outros. Esses músicos colocaram em evidência o ofício do rabequeiro, anteriormente associada à imagem de incompletude e atraso, tendo como parâmetro o violino e a cultura erudita. Desafiando esses parâmetros, esses músicos mostraram que a rabeca tinha muito a falar, na sua própria língua, e que o seu dialeto poderia acrescentar novas faces para a imensa variedade já existente na música brasileira.

 

                Esse projeto consiste em apresentar para o publico as rabecas, suas variações e texturas num contexto urbano. Interpretando em suas variadas afinações, músicas de baluartes da musica urbana contemporânea como Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Dominguinhos, Sivuca, Egberto Gismonti  e etc.  É uma espécie de  “workshow” em que o músico e pesquisador Rodrigo Bis  irá levar cerca de 7 rabecas diferentes, explicando suas afinações, madeiras  e timbres , em que contexto regional elas são usadas , os  artesãos que as construíram e  o cenário da rabeca atualmente  Exemplificando com músicas dos mestres urbanos e regionais. Para melhor executar as músicas que serão apresentadas, o show contará sempre com a participação de outro músico acompanhante , que tocará um outro instrumento que se alinha ao repertorio, e a linha de pesquisa do projeto, que é a de absorver  a cultura dos instrumentos populares   e tocar tanto o repertorio  "regional folclórico" quanto o "popular urbano".     

Para essa jornada  poderá se chamar,  percussão, sanfona, viola de 10 cordas, pífano ou mesmo violino, há combinar previamente.

 

CONTEÚDO

1- Breve história do instrumento.

 

2- Anatomia da rabeca.

 

3- Aplicação nos diversos estilos tradicionais.

 

4- Rabeca e o cenário atual.

 

5- Perguntas e respostas.

 

 

DURAÇÃO DO TRABALHO

70 minutos.

 

 

RECURSOS, MATERIAIS DE APOIO E EQUIPAMENTOS.

Som com cd player

Espaço amplo que acomode a platéia confortavelmente.

 

CONTATO:

Rodrigomagno25@gmail.com ou tel:21-22453221, 21-980007820 - tratar diretamente para valores e possibilidades de amplificação para 1 ou mais instrumentos

 

 

Rodrigo Bis – Músico, professor e pesquisador. Toca rabecas, bandolim, viola caipira e violão.  Integrante do grupo de cultura popular Céu na Terra já realizou trabalhos em diversas regiões do Brasil. Há 8 anos pesquisa e se relaciona com artesãos, professores e antropólogos buscando informações sobre a rabeca. Dos trabalhos que fez podemos destacar a turnê com o grupo ser tão teatro da Paraíba em praças publicas das cidades ribeirinhas do rio são Francisco, a participação nas peças “Gonzagão – A lenda”, “Um concerto para o Sol” e o filme “Noite de reis” com Enrique Diaz e Flavio Bauraqui no elenco.  Frequentou as oficinas de musica de Itiberê Zwarg e da Escola portátil de Música, e leva sempre sua rabeca para as rodas de choro no rio de janeiro.

 

Duo Brejeiro

"A Viola e a Rabeca fizeram a combinação, Viola foi pra cidade e Rabeca pro sertão", verso de cantoria de reis

O Duo Brejeiro composto pelos músicos Rodrigo Bis (Rabecas e Bandolim) e Pepe Autran (Viola Caipira e Violão), une os dois instrumentos para realizar uma interpretação diferenciada de clássicos do cancioneiro regional como "De papo pro ar", "Índia" e "Rio de lágrimas". além de choros e canções de "inspiração rural" de Tom Jobim, Guinga e Milton Nascimento. Lembrando da máxima "moderno é tradição" o duo brejeiro aposta em re-harmonizações e improvisos sem perder a força da simplicidade melódica, ou como diria algum caboclo , são em geral ,músicas calmas que supõe paisagens e sabores do interior.

 

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